ANJOS URBANOS

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Anjo Urbano é a mais conhecida obra de Joe Nunes, sua primeira versão foi pintada em 2001 para participar do Mostra Internacional de Arte Brasileira. Essa versão original, diferente das posteriores, é colorida que, segundo o artista, remetem a um quarto de criança e a imagem do chão se abrindo a sua frente é uma alusão a obra de Saint-Exupery, "Uma criança só em seu pequeno mundinho, ameaçada a cada minuto de ruir", como descreve Nunes. Essa visão inusitada do adandono das crianças no Brasil rendeu boas críticas e teve muitos frutos, traduzidos em outros anjos urbanos.

O primeiro Anjo Urbano (óleo sobre cartão, 2001)
Em 2009 Joe Nunes re-lê a sua obra com o que passa a ser a versão definitiva do Anjo Urbano. Dessa vez mais crua, vazia e cinza. O anjo está mais imponente e torna-se a única figura na tela, agora o que espreita ele é apenas a sombra do onservador. "Ele continua lá, dormindo, em cada esquina existe um anjo urbano, sem saída, sem destino. Não quero resolver nenhum problema do mundo com isso, só quero que as pessoas vejam o que estão fazendo com a sociedade a cada vez que se calam", diz o artista avaliando o objetivo de seu trabalho.

"Um Novo Anjo Urbano" (óleo sobre tela - 2009)


Agora em 2011 o artista lança a coleção de Anjos Urbanos em mini-arte. São mais de 30 telas em pequenos formatos, pintadas em óleo sobre tela e em tons de cinza. Essa coleção acabou transformando-se em exposição. Além de diversificar e mostrar seu trabalho em vários locais o artista também consegue alcançar um público que raramente tem direito de adquir obras de arte em detrimento dos valores altos que são cobrados. Uma idéia simples que está dando muito resultafo e também cumprindo seu papel de levantar debates sociais e ainda valorizar economicamente o trabalho do artista, sem o qual torna-se impossível produzir.





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Uma pequena história
Por Joe Nunes


“Faz uns dezoito anos, eu acho, ganhei de presente um livro de uma poetisa genial, uma grande amiga chamada Anita Costa Prado, de São Paulo. Nessa obra, intitulada “Infância Desfavorecida”, havia poemas de Anita e de outros autores e em suas páginas também havia fotos de crianças de rua que eles fizeram. E foi uma delas me chamou a atenção, era um menino dormindo na porta de uma casa abandonada, assim como ele. Pensei em por que os artistas pintam crianças sempre com aqueles rostos felizes e corados, como anjinhos barrocos, se na verdade muitas de nossas crianças, nossos anjos, passam fome e frio. Isso me inquietou muito, então desde então aquela imagem me perseguiu, como um problema sem solução. Decidi algum tempo depois que aquele seria o meu anjo, um anjo de verdade, urbano e que as únicas asas que ele poderia ter eram velhos jornais que o vento lhe jogou.”
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Esboço


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Mídia

Os abandonados na tela (Jornal Diário Regional)
A injustiça lhe dá asas (Jornal Gazeta do Sul)


Galeria

Veja as novas telas em mini-arte

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Casas de arte e alerias interessadas em levar a exposição "Anjos Urbanos" podem entrar em contato para agendamento, bem como pessoas interessadas em adquirir telas podem entrar em contato aqui.


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